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Fiel Escudeira


Eu sei que este blog foi feito, pimeiramente, com o intuito de discutir questões sobre os jovens, suas aflições. Dividir nossas preocupações e tentar viver acordado (ou talvez não) em um mundo que insiste em nos tornar alienados.
Mas é impossível escrever algo tendo esta visão, sem que eu exprima meus sentimentos, que por sinal, ultimamente estão mais loucos e descontrolados o suficiente para transformar tudo ao meu redor em um furacão, em uma tempestade. E isso inclui também o mundo alheio.
Creio que todos já passaram por isso um dia. E nós, mulheres, temos uma proporção maior de nos tornar inseguras e imaturas. Ainda não sei necessariamente a razão de tantos sentimentos melódicos, lúdicos, loucos e impacientes. Talvez nunca descobriremos. Seria o nosso segredo, o segredo de ser mulher.
Entretanto, voltando ao assunto inicial, precisava dizer aqui que alienados somos todos nós: homens e mulheres, jovens e adultos, estudantes, trabalhadores, baladeiros, certinhos, desequilibrados, responsáveis, maridos, namoradas...enfim, todos passaremos pela fase do "eu preciso gritar com toda força, ecoar ao mundo todo meu ódio e descontentamento".
Sei que existe um mundo melhor. Já descobri, já vivi e apreciei diversos momentos, mas a transposição entre o céu e o inferno torna-se constante, à medida que eu vou descobrindo ambas as partes.
Há dias que o meu muro ergue-se e indestrutível, permanece lá, intacto contra qualquer possibilidade de chegar ao outro lado. Em contrapartida, há dias em que as nuvens tornam-se tão acessíveis, palpáveis, como algodões flutuando, sustentados por uma força maior, que não pode ser explicada. Apenas a sentimos.
Queremos ser compreendidos, saber todas as respostas e fazer todas as perguntas. Queremos ser questionados, ser provados e provar tudo que podemos ser, tudo além do que os olhos são capazes de observar. Queremos voar por entre nuvens, passar pelo inferno e de vez em quando dar uma voltinha no mundo que nos rodeia, apenas para não perder o fio da meada.
Pegaremos sempre uma carona no invisível, lúdico, intocável. Mas a realidade sempre será nossa passageira.

Ponto Cego

perguntas_indiretas

Seguindo uma rotina noturna antes de adormecer, paro no tempo em busca de respostas para as minhas perguntas que surgem na mesma velocidade que eu as formulo.

Noite passada, analisando fatos e esperando o sono chegar, percebo uma grande falha de nossa curiosa mente.

Percebi que quase sempre imaginamos tudo como era em tempos passados, e que as vezes o duro presente é imperceptível aos olhos, não importa o quão grande a palavra ACORDA esteja escrita à nossa frente.

Talvez seja pelo costume de ficarmos lembrando de momentos felizes, e isso faz com que não percebamos o que realmente está acontecendo no momento. O tempo age de forma misteriosa, nunca se sabe se a distancia aumentará ou diminuirá o sentimento para com a 'coisa' que você deseja fazer novamente.

Ou talvez pelo fato de não admitirmos que o que era bom voou pro infinito e não se repetirá, e que os caminhos se dividiram em algum lugar de um passado recente e o que havia em comum ficou na bifurcação do mesmo.

Infelizmente, a realidade nua e crua do momento é invisível aos olhos quando ele já foi vivido em uma época melhor, onde tudo não passava de uma felicidade sem explicação.

As vezes o melhor a se fazer é deixar de lado, não importa o quanto isso machuque e doa, o fato é só um acabou o encanto.

Mas espere um pouco, não é só por que um caminho se dividiu agora que ele não voltará a se unir logo a frente, afinal, o tempo não deixará de ser misterioso e o que nos resta é... Acordar... E esperar que um dia tudo se pareça como antes ...

... Sem que perca o sentido e o foco do presente.

Espero que esse ultimo parágrafo não seja uma falha da minha mente...

Abraço pros Piás, Beijo para as Gurias! :D

Trilhas do Acaso


Por alguns instantes pensei no que escrever. Não que isso seja fácil para mim, mas tantos pensamentos me consomem e querem se transformar em palavras numa velocidade maior que minha mão e a caneta podem suportar.
Infelizmente ambas tiveram que esperar alguns momentos até decidir qual pensamento escrever primeiro. Talvez alguns existam apenas para nos confundir, para fazer com que vejamos qual é o mais importante e merece a transfiguração do invisível ao visível, poético, reflexivo.
O papel, ancioso para enfim ser preenchido com verbos, vírgulas, sintaxes e poesia, já estava ficando indiferente quanto à caneta e meus pensamentos.
Não sabia qual controlar primeiro: minha mão inquieta e insegura esperando apenas um comando para começar suaves movimentos com a caneta. Esta, por sua vez, queria deslizar-se levemente pelo papel cheio de linhas brancas esperando para serem preenchidas por algo que precisava ser esvaziado.
Então resolvi seguir por passos, afinal, a dependência e sincronia de todos os elementos eram cruciais.
Pensei em diversas hipóteses. Qual ideia deveria ser a privilegiada?
Daí um medo, talvez insegurança, me consumiu de maneira que, todos, absolutamente todos meus pensamentos expiraram. Simplismente foram levados pelo vento da incerteza.
E agora? Minha cabeça, antes aterrorizada por tempestades de ideias, encontra-se na mais profunda paz e silêncio. Perturbador, eu confesso.
Talvez seguir passos pode retirar-nos do caminho. Talvez estes passos não sejam os corretos. Foi aí que percebi então que, a sutileza das palavras e a nobreza do papel em branco não mereciam ser estragados por meras palavras sem sentido e desconexas.
Aí estava a grande revelação: o não pensar em nada faz com que pensemos em tudo, tudo que realmente valha a pena ser escrito.
Como numa surpreendente ligação entre todas as partes, comecei a escrever este texto e percebi que passos tortos e embriagados pelo acaso sempre serão bem-vindos.

E já passaram por aqui...