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Thee
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Vocês já devem estar cansados de ouvir sobre amores não correspondidos, amores proibidos (coisas de novela), ou amores destruídos, mas ninguém consegue viver sem uma dorzinha no coração. Faz parte da natureza humana. Precisamos sofrer pra sentir, viver, aprender, enfim, sermos humanos.
Mas chega-se a um ponto que tanto sofrimento machuca, corrói, destrói. Aí não aguentamos mais. Aquele "conto de fadas" que parecia talvez ter um final feliz, terminou com a mocinha aprisionada e o vilão em "bons lencóis". Choramos, lamentamos e aquele triângulo amoroso acabou por deixar marcas irreversíveis (triângulo porque sempre precisamos de alguém para dar um suspense). Sabíamos que nunca daria certo, mas a vontade de ver como vai ser o fim da história é tão grande, que até valia a pena continuar a escrever.
E nos perguntamos, onde foi que eu errei? Qual foi meu tropeço? Não consegui controlar os personagens, seus desejos e impulsos. Eles tinham vontade própria, mesmo a ideia tendo sido escrita por mim: o cenário, o figurino, as falas e cenas. Mas era maior que minha imaginação.
E agora? Vou fazer o quê? Escrever novamente, mesmo sabendo de todos os riscos e consequências? Ou tentar um novo script? Talvez dê certo. Imaginarei novos mundos, reinos, roupas, falas e...os mesmos atores?
Tenho certeza que haverão novos merecendo uma chance de aparecer e mostrar seu potencial. E olha que não é difícil de achar. Muitas vezes estão na nossa frente e não percebemos. Estão perdidos por aí, fazendo peças infantis, teatros, cinema independente. Acho que vou mudar algumas rotas de finais de semana. Surpreender-me com aquilo que ainda não consigo ver mas posso sentir.
E os, digamos, experientes mas que já saíram da mídia? Que vão procurar outra escritora. Ou não, tavez possam fazer algum freelance como coadjuvantes. Agora é hora de dar oportunidades à novas histórias, novos atores, novas ideias.
E quanto ao triângulo amoroso, sempre haverá. Mas desta vez, só há lugar para dois personagens principais.
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Thee
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O talvez não é mais suficiente, a sombra não acolhe mais e a cobertura quebra-se em mil pedaços, deixando para trás os rastros de um sonho que enfim tornou-se real.
É hora de saber, de cheirar, sentir, seduzir, alimentar, explodir. É hora de deixar a insegurança para trás. Ou melhor, continuar com ela já que sempre será a companheira que nos torna mais fortes. Nos faz descobrir o que perdemos por dizer um não, mesmo que essa aventura seja arriscada, desesperada, ou esperada há muito tempo.
É tempo de tirar os curativos, deixar que as nossas asas respirem o ar do desejo, do palpável, da realidade irreal que mantemos acolhida. Até agora. Manteremos sim, mesmo que este momento passar, mas não da mesma maneira. Nossa realidade vai mudar, ser lapidada pelos buracos no caminho da incerteza, ser modificada pelos corações partidos, choros reprimidos, risos sinceros, abraços queridos, olhares desencontrados, sentimentos confusos.
Acordar sem saber que dia é, comer o que quiser, abraçar sem culpa, beijar com desejo, sentir na pele, rir, correr na praia, sentir o vento em seu rosto, não pensar em nada. Apenas dividir o momento com as árvores pelo caminho, com as flores que vão surgindo, com o som do eco em seu coração, gritando aos quatro ventos a liberdade prisioneira da felicidade.
É tempo de desapegar-se. De crer fervorosamente que o tempo muda, cria, colori, apaga, recorda, recria, muda novamente. Tudo isso apenas para tatuar na brisa o seu nome. Ela vai levá-lo muito longe e mostrar seu verdadeiro lugar: a imensidão de lugar algum.
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