É chegada a hora de decidir, de idealizar aquilo que um dia foi imaginário.
O talvez não é mais suficiente, a sombra não acolhe mais e a cobertura quebra-se em mil pedaços, deixando para trás os rastros de um sonho que enfim tornou-se real.
É hora de saber, de cheirar, sentir, seduzir, alimentar, explodir. É hora de deixar a insegurança para trás. Ou melhor, continuar com ela já que sempre será a companheira que nos torna mais fortes. Nos faz descobrir o que perdemos por dizer um não, mesmo que essa aventura seja arriscada, desesperada, ou esperada há muito tempo.
É tempo de tirar os curativos, deixar que as nossas asas respirem o ar do desejo, do palpável, da realidade irreal que mantemos acolhida. Até agora. Manteremos sim, mesmo que este momento passar, mas não da mesma maneira. Nossa realidade vai mudar, ser lapidada pelos buracos no caminho da incerteza, ser modificada pelos corações partidos, choros reprimidos, risos sinceros, abraços queridos, olhares desencontrados, sentimentos confusos.
Acordar sem saber que dia é, comer o que quiser, abraçar sem culpa, beijar com desejo, sentir na pele, rir, correr na praia, sentir o vento em seu rosto, não pensar em nada. Apenas dividir o momento com as árvores pelo caminho, com as flores que vão surgindo, com o som do eco em seu coração, gritando aos quatro ventos a liberdade prisioneira da felicidade.
É tempo de desapegar-se. De crer fervorosamente que o tempo muda, cria, colori, apaga, recorda, recria, muda novamente. Tudo isso apenas para tatuar na brisa o seu nome. Ela vai levá-lo muito longe e mostrar seu verdadeiro lugar: a imensidão de lugar algum.
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